FRUSTRANTE… é o termo que define bem o sentimento da população de Machadinho após a votação na Câmara do requerimento dos membros da CPI pedindo o afastamento do prefeito Mário Alves da Costa, o Marinho da Caerd (PV) do cargo. O pedido foi rejeitado por sete votos a seis, graças à intervenção crucial do presidente da Casa, Lourival José Pereira (PTB). A votação havia terminado empatada em seis votos e foi necessário o voto de desempate do presidente que votou contra o afastamento do prefeito, frustrando aos anseios de uma grande parcela da sociedade. Ao final da votação a manifestação dos presentes preocupou os vereadores que votaram contra o afastamento do prefeito. A polícia foi chamada para garantir a saída dos vereadores da Câmara Municipal. A sessão que manteve o prefeito no cargo aconteceu nesta segunda-feira (08).

Público na Sessão na Câmara de Vereadores de Machadinho D´ Oeste

A presença da polícia causou uma revolta ainda maior, moradores que acompanharam a sessão se disseram indignados com a presença da polícia: “Não somos bandidos nem baderneiros, só queríamos que os vereadores respeitassem a vontade do povo”, declarou um morador indignado. “A polícia deveria prender esses caras que venderam seu voto”, manifestou outro popular. E nesse tom foram várias as reclamações dos presentes. A revoltado e insatisfação com o resultado da votação se estendeu pelos quatro cantos do município e fotos dos vereadores que se posicionaram a favor do prefeito passaram a ser divulgadas nas redes sociais, onde os comentários não são nada animadores para quem pretende se lançar à reeleição no ano que vem.

Vereadores que votaram contra o afastamento do prefeito acusado de irregularidades

A favor do afastamento do prefeito votaram os vereadores: João do Bec (PDT); João Aylton (PMDB); Cirilo Guedes (PMDB); José Roberto (PTB); Marcos Merenda (PTdoB) e Valdeci Furtado (PT). Votaram contra o afastamento do prefeito os vereadores: Lourival José Pereira (PTB), presidente da Câmara e que deu o voto de desempate; Valnéria Motta (PDT); Nilton Dutra (PSDC); Reginaldo do Esporte (PTB); Jorge Ronconi (PV); Nego Toledo (PSDC) e Eustácio Salomão PSL).

O resultado da votação do pedido de afastamento do prefeito pode ser entendido como um sinal do que vai acontecer com a CPI, que apura possíveis irregularidades na SEMOSP na gestão do ex-secretário Paulinho da Obras. Independentemente do que for apurado pela Comissão o destino do prefeito deve ser definido pelos votos dos vereadores e o resultado deverá ser o mesmo apresentado na votação de hoje.

De acordo com o que se houve nas ruas e se vê nas redes sociais a rejeição do pedido de afastamento do prefeito está gerando ônus sem precedentes para os vereadores que ficaram do lado do alcaide municipal. De acordo com o que corre á Boca Pequena o prefeito precisou fazer muitas negociações nos bastidores para conseguir se manter no poder. Em matéria divulgada a alguns dias nosso site fez uma breve explanação do que estava acontecendo nos bastidores da política local .

Coincidência ou não… vereadores suplentes foram substituídos… Novos secretários foram empossados… E…. muitas outras coisas podem ter acontecido…

Do que foi noticiado pouca coisa aconteceu de forma diferente. Surpresa foi o voto do vereador Merenda que se posicionou contra o prefeito, pois acreditava-se em posição contrária, uma vez que ele foi convocado a voltar para a Câmara a fim de garantir o voto. Ao que parece Merenda não conseguiu indicar o secretário de saúde, pois o cargo teria sido negociado com o presidente da Casa, Lourival Pereira, que teria a obrigação de desempatar a votação, se fosse necessário. Como de fato aconteceu.

Outro voto que poderia ser diferente, mas que não foi surpresa nenhuma, foi o voto da vereadora Valnéria Motta, que em primeiro momento não quis deixar a secretaria de educação e de acordo com informações estaria propensa a preservar a sua carreira política votando a favor do afastamento do prefeito. Porém, no decorrer dos últimos dias alguma coisa pode ter mudando e a vereadora acabou indicado a sua substituta na secretaria de educação e votando a favor da permanência do prefeito no cargo.

Ao final de mais um capítulo na política de Machadinho, só nos resta aguardar o que vai ser apurado pela CPI, e novamente depender da vontade dos “representantes do povo”, esses nobres Edis que foram escolhidos e eleitos para representar a maioria da população e fazer valer os anseios da sociedade. Será?
Fonte: conexaoamazonia