Na manhã do último sábado (10) a Polícia Ambiental de Machadinho recebeu denúncias sobre crimes ambientais sendo cometidos na linha carreteira e em torno da Resex Castanheira, de imediato foi feito deslocamento de uma guarnição ao local para averiguar as denúncias.

Ao chegar a um determinado ponto próximo ao local da denúncia, a equipe se deparou com uma entrada que possivelmente teria sido aberta recentemente, e ao verificar mais adentro, observou que havia uma esplanada pequena com toras partidas ao meio.

A guarnição fez contato com o proprietário do local, onde após indagado sobre as licenças para retirada da madeira, ele negou possui-las.

O sr. L.P.N. (proprietário da terra), informou aos policiais que a derrubada das madeiras estavam sendo feitas pela Prefeitura Municipal de Machadinho, sendo o responsável o sr. Adeilton.

Perguntado se algum funcionário da prefeitura havia lhe apresentado documentação para realizar o serviço e autorização para exploração da madeira, o proprietário disse aos policiais que não, e que Adeilton disse que a prefeitura não precisava de nenhum tipo de autorização ou documento para fazer o referido serviço, e que se as autoridades ambientais chegassem ao local não aconteceria nada com eles.

Com a chegada dos policiais no local onde estava sendo realizado a derrubada das madeiras, o responsável pelo serviço, sr. Adeilton fugiu do local embrenhando-se mata adentro, sendo seguido por um policial, porém sem êxito de localiza-lo devido a mata fechada.

No local foram apreendidos motosserras, um trator (alugado pela prefeitura para ser utilizado no serviço), dois veículos pertencentes à prefeitura de Machadinho e aproximadamente 16 m³ de madeira aparentemente sendo de essência Angelim Carvão.

Os funcionários que permaneceram no local foram levados à UNISP para prestarem esclarecimento sobre o fato, e todos afirmaram que a madeira seria usada para consertos de pontes.

O proprietário do local onde estava sendo explorada as madeiras, disse que não sabia que a prefeitura precisava de autorização para realizar o serviço, por isso autorizou a exploração, ainda informou que após insistência do sr. Adeilton, fez a doação da madeira à prefeitura na intenção de estar ajudando na benfeitoria do local.

A Polícia recebe várias denúncias de crimes, nesse caso, a Polícia Ambiental quem recebeu a denúncia e foi realizar a fiscalização se deparando então com o crime ambiental.

As investigações sobre o caso continuarão através da Polícia Civil de Machadinho, pois há de ser feito perícia na madeira apreendida e tentar localizar o funcionário que fugiu.

Qualquer exploração desse tipo de serviço exige que seja retirada autorização para realizá-la, independente que seja um particular ou órgão público, a polícia não pode ser omissa e não realizar a fiscalização, ainda mais quando se há uma denúncia formal.

A população sabe das necessidades de serem consertadas as estradas e pontes, e a prefeitura através de documentos, sabe como retirar as devidas licenças, nenhum órgão se negaria em fornecê-los, sabendo o bem comum a toda população.

Por: MACHADINHO190