quarta-feira, novembro 20, 2024
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Jovem com Bolsa Família que ostentava na web volta à prisão

Lúbia Pinheiro tinha conseguido prisão domiciliar sob a alegação de que precisava cuidar das filhas. Ela é acusada de fazer parte de quadrilha de assalto a banco.

A manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, de 26 anos, acusada de fazer parte de uma quadrilha de roubo a bancos em Mato Grosso, voltou a ser presa preventivamente. A prisão foi decretada pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, no dia 8 de junho. A ré havia conseguido em maio prisão domiciliar por ter duas filhas menores de idade, mas foi constatado pela Justiça que ela não tem a guarda de uma das meninas e que a outra não mora com a mãe.

O advogado Rafael Moreira, que defende a manicure, disse que ela é inocente e que vai recorrer da prisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Lúbia, que recebia o benefício do Bolsa Família, foi presa no dia 4 de maio, durante a operação Luxus, da Polícia Civil, que investigou assaltantes de bancos que ostentavam com fotos nas redes sociais as viagens e outros gastos com o dinheiro dos roubos. Na semana passada, a Justiça aceitou denúncia contra os 15 membros da quadrilha. A jovem teria um relacionamento amoroso com um dos principais integrantes do grupo.

A primeira prisão preventiva da manicure havia sido decretada pela Comarca de Poconé, a 104 km de Cuiabá. Entretanto, a defesa recorreu e conseguiu reverter a prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando que a acusada tem duas filhas menores de 12 anos. O Ministério Público do Estado, porém, pediu à Justiça que Lúbia fosse presa novamente e a acusou de ter participação ativa nos crimes.

Ao aceitar os argumentos do MPE, a juíza Selma Rosane disse que, embora Lúbia não tenha antecedentes criminais, ela tinha importante atuação na quadrilha, “dando apoio material, logístico e moral” aos criminosos. E abrigou em seu apartamento “os demais comparsas”, antes e depois dos crimes cometidos.

A magistrada disse ainda que a Justiça de Poconé foi induzida ao erro ao conceder a prisão domiciliar. Segundo dados judiciais, a guarda de uma das meninas, de 6 anos, está com a avó materna, porque Lúbia teria exposto a criança a situações de risco – consumo excessivo de bebidas alcoólicas e relacionamentos com pessoas que usavam drogas. A manicure teria ainda permitido que a filha ficasse sob a responsabilidade de pessoas incapacitadas para isso.

G1 Mato Grosso

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