Após o crime, a mulher levou o feto ao hospital, alegando que era seu filho, mas exames mostraram que ela não poderia ter dado à luz. A Polícia Civil, ao investigar a residência da suspeita, encontrou o corpo da vítima
Uma mulher de 42 anos foi detida, na madrugada desta quarta-feira, por matar uma grávida para roubar o bebê em Porto Alegre. De acordo com a Polícia Civil, a vítima tinha 25 anos e teve o corpo localizado dentro da casa da suspeita. A prisão da investigada ocorreu em um hospital, na zona Norte.
Segundo a investigação, a suspeita é moradora do bairro Mario Quintana e, desde agosto, simulava gravidez. No início desta semana, a mulher teria convidado uma amiga, que de fato estava grávida, para ir ao apartamento onde mora, no Loteamento Timbaúva.
A vítima teria sido chamada ali para receber de presente um carrinho de bebê. No imóvel, porém, ainda conforme a apuração policial, a visitante foi assassinada e teve roubado do ventre um filho de quase nove meses.
A plantonista da Delegacia de Homicídios, Graziela Zanelli, aponta que a suspeita ainda teria conseguido transportar o feto ao Hospital Conceição, no bairro Cristo Redentor, mas ele acabou não sobrevivendo. A delegada também adiciona que a equipe médica da instituição chamou a polícia após exames indicarem que a mulher não havia dado à luz ao bebê.
O corpo da vítima foi localizado na residência da investigada. O cadáver estava escondido embaixo de uma cama e havia sido enrolado com material plástico. A morte teria sido causada por objeto cortante.
No início desta madrugada, a suspeita foi detida em flagrante quando ainda estava no hospital. Um defensor público foi convocado para defender a mulher, que teria escolhido permanecer em silêncio após receber a voz de prisão. Ela já tinha antecedentes policiais por ameaça.
De acordo com familiares, a vítima seria Paula Janaína Ferreira Melo. Eles também acusam o marido da investigada de participação no crime. Entretanto, de acordo com a PC, homem foi liberado após prestar depoimento e ainda não é considerado comparsa.
Por Marcel Horowitz
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